A chegada a Ouro Preto foi muito legal num dia de sol e muito movimento. Ouro Preto foi a primeira capital das Minas
Gerais. Naquela sexta-feira o dia prometia. Ao chegar e estacionar o carro já fui surpeendido por Paulão que logo viu os adesivos
no carro e veio conversar comigo e querer saber o que estava fazendo por aquelas bandas. Pasmem mas Paulão tinha morado em
São Raimundo Nonato por dois anos estudando e trabalhando para o Parque. Foi bom este encontro casual que logo se transformou
em incentivo. Fui a procura do labergeu da juventude de Ouro Preto que tem o nome de Brumas. Alí conheci Patricia e a tarde
chegarem seus proprietários, Mário e Sônia. O dia estava frio e logo mais esfriaria mais ainda. Fiquei acomodado em um
quarto com tres estrangeiros. A noite foi movimentada de música e barulho por conta de estudantes gaúchos que estavam
num Congresso de Bio-mecânica. Aliás não entedi se eram estudantes de mecânica da vida ou vida mecânica? Na tarde de sexta,
aprovetei para caminhar um pouco e tentar entender aquela desordem que é a cidade de Ouro Preto e todo aquele trânsito absurdo
que invade a cidade todos os dias. Sábado pela manhã estou de partida para o Rio e não sei se chego ainda hoje ou fico pelo
caminho na casa de amigos em Tres Rios. Passei por Juiz de Fora, visitei o aeroclube que tinha conhecido
em 1976 e que frequentei muitas vezes quando fazia revisão num avião que voava no Rio nos anos 80. Confesso que não foi uma
boa idéia e resolvi ficar na casa da minha amiga Izabel, Lyon seu irmão e da simpatica Dona Aparecida na cidade de Tres Rios.
No domingo tivemos um dia daqueles em família com almoço regado a comidas Árabe, por sinal muito bem preparado por Dona Aparecida.
Noite tranquila de sono e no domingo a tarde peguei a estrada para Petrópolis a cidade imperial. No final da tarde estava
no Albergue Quitandinha antigo hotel cassino de bela estrutura arquitetônica. Fui bem recebido por Nélio e Sônia. A noite
o papo rolou por conta da Expedição e com dois educadores cariocas que estavam hospedados por lá. Na segunda-feira logo cedo
tentei contato com a redação do Jornal da Cidade efui recebido por uma repórter que me pediu para voltar a tarde para conversar
com outro. Nesta viagem o que tem sido de mais importante é o tempo. Não tenho disponibilidade de tempo e ficar numa cidade
a mêrce de pessoas que sentem prazer em não resolver uma questão simples depois de ouvir e deixar parecer que tudo está certo.
Que nada! o carioca tem prazer em dizer: volta mais tarde que fulano vai resolver...felizmente não tenho tempo para isso.
Não é todo dia que alguém passa na tua cidade falando de forma voluntária sobre um dos lugares mais importantes do planeta.
Não tenho notícias de um carioca no Piauí fazendo palestras ou divulgando parque nacional no Estado do Rio de Janeiro. Fica
registrado minha indignação. Nesta mesma hora sigo para Nitéroi depois de falar por telefone com um amigo que vai
me receber em sua casa por três dias.
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