A cidade
de Lençóis é considerada a porta de entrada da Chapada Diamantina. Nascida na febre da mineração, no século XVIII, Lençóis
foi centro minerador de diamante pedra que deu nome à região. Hoje, porém, a cidade vive principalmente do ecoturismo em torno
das belezas naturais do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Apesar de pequena (seis mil moradores), a cidade já conta com
boa infra-estrutura receptiva: aeroporto, bons hotéis e restaurantes, agências especializadas, guias preparados e até uma
interessante vida noturna. No auge do ciclo dos diamantes, Lençóis chegou a ser a terceira cidade mais importante da Bahia.
Herança desses tempos ainda pode ser conferida no casario em estilo imperial do centro histórico e na cultura de seus moradores,
que misturam influências indígenas, negras e portuguesas. Hoje, Lençóis atrai gente de todos os tipos e de todas as partes
do mundo, mas com uma característica em comum: a busca pela qualidade de vida. Algumas das atrações da cidade são a Igreja
Matriz Nossa Senhora do Rosário, o casario da rua Sete de Setembro (com destaque para o antigo edifício onde funcionou o consulado
da França) e paisagens naturais como a gruta do Lapão, o Ribeirão do Meio e o rio Mucugezinho.
Depois de 6 dias em Paulo Afonso estou saindo para a Chapada Diamantina
que está a 750 km de distancia.Hoje 01 de abril de 2003 estou de partida para o centro da Bahia, a cidade de Lençóis. Sei
que será um percurrso de novidades pois nunca tinha estado nestas estradas no sentido leste-oeste. Sempre me mantive no eixo
norte-sul e era mais um desafio. Depois de 10 horas na estrada sem maiores problemas a não ser uma situação que me chamou
atenção na estrada. De repente cruzo com uma senhora e uma criança com algo nas mãos oferecendo como se estivesse vendendo.
Não resisto e paro para ver do que se trata. Eles estavam vendendo dois tatus caçados pelo chefe da família. Fico pensando:
onde está o crime ambiental? nos tatus mortos ou naquela família que pode morrer de fome caso não realize a caça e a venda
para comprar farinha e alimentar a família? assim me falou aquela senhora.
Chego a Lençóis e vou a procura da pousada onde tinha ganho uma
noite cortesia. Queria descansar depois daquele dia de estrada cansativo. Encontro o Hotel de Lençóis, por sinal um belo lugar
e confortável. Esta cortesia foi da Senhora Rebecca proprietária do Hotel. Agradeço sua atenção. Lençóis é uma cidade movimentada
com muitos turistas estrangeiros. Muitas agencias de turismo e verdadeiros "Indianas Jones" por todos os lados. Conheci e
fiz boas amizades; Azavedo e Marcos, contraladores de vôo das antigas e que agora estavam no aeroporto de Lençóis. Comandante
Genésio que voa numa empresa de taxi aéreo de Salvador. A partir do segundo dia vou para o camping Lumiar de Paulo Alcântara,
que também é gourmet e proprietário de uma linda pousada. Fiz duas palestras na escola pública Renato Viana para alunos
do 3º ano do ensino médio. Aproveito para conhecer pontos turísticos da região, rica em cachoeiras, belas cachoeiras e visuais
deslumbrantes. As amizades são inevitáveis nestes ambientes e conheço uma figura interessante, o grande fotográfo Kalil
que tem uma exposição permanente na cidade. Presentiei Kalil com um Cd-rom com o potencial turístico do Piauí e uma peça da
cerâmica da Serra da Capivara. Na cachoeira da Primavera conheço Grasiela e Eurídice que são educadoras de uma Escola em Irecê.
Depois de uma boa conversa resolvo ir até aquela cidade e fazer uma palestra na Escola Claúdio Abílio.
As noites são agradáveis na minha barraca debaixo daquela cajazeira
centenária. Nestes dias que passei no camping Luimiar chegaram
pessoas de todos os lugares. Americano vindo de moto dos Estados Unidos, motoqueiro do Tocantins, pessoas a trabalho para
criação de um site na Net.